quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Aproveitando o ensejo...

... ainda sobre paciência, uma música que anda me perseguindo esses dias. Não que eu não goste, pelo contrário. É um outro eu meu escondido que anda me alfinetando.

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não pára

Enquanto o tempo acelera e pede pressa

Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida tão rara

Enquanto todo mundo espera a cura do mal

E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência

O mundo vai girando cada vez mais veloz

A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência

Será que é o tempo que me falta pra perceber

Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara
(...)

A vida não pára não.

Assim, meio sei lá...

Programa dos últimos finais de semana: casamento. De dia, à noite, emocionantes, longos e chatos, com festa chique, sem cerimônia. Precisando, posso até soltar uns palpites interessantes. É a idade, todo mundo casando. Da turma do colégio, muitos casados e com filhos. Colegas da faculdade, cheios e cheias de alianças douradas, destras ou canhotas. E convites chegando. E os que não casaram, juntaram as escovas de dentes. Nem todos, isso é fato.
Mas depois da ressaca, de jogar fora aqueles óculos de coração e os arquinhos de cabelo cheios de purpurina e frufrus e de olhar para as fotos e não acreditar (ai... foi verdade mesmo!), até dá pra arriscar algumas reflexões.

O nome já diz, né... Solitaire. Essa é a questão. Estar em meio a um turbilhão, cercada por todos os lados e só!
Será que alguma coisa está saindo errada? Eu mesma ando podando qualquer pontinha de possibilidade estabelecer um novo relacionamento (leia-se envolvimento verdadeiro)? Ou o problema são os outros? (essa é a solução mais simplista, arranjar alguém pra botar a culpa!!) Quem sabe um misto de tudo? Fico impressionada com a facilidade que muitos têm de sair de um namoro, emendar outro logo em seguida e outro, e outro.
Será que ando a procura de um príncipe? Não... Acho que já superei essa fase.
Um namoro precisa de amor verdadeiro? Os que já tive, sim, precisam! E mútuo!
E quando o amor surge? No princípio, meio ou fim? E acaba?

Sabe de uma coisa? Estou feliz. Amo meus amigos e minha família. Aprendo todo dia com a vida. E tenho paciência (tudo bem, às vezes nem tanto, mas estou me esforçando). Acho que isso importa.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

All we are is dust in the wind.

Não saberia explicar ao certo o que se passa nesse momento. A perda de alguém nunca é fácil, vem acompanhada de uma angústia, tristeza, impotência e talvez de remorso. Palavras não ditas, abraços desfeitos, a distância abissal e espinhos. Um fio de esperança rompeu e se perdeu no tempo. Tormenta de idéias, vazio de palavras. A cena que não presenciei, mas consigo sentir como se houvesse acontecido frente a meus olhos, foi de uma despedida sincera, breve mas dolorosa. Um adeus, um pedido de desculpas, e o perdão. Ela se foi, e espalhou ao vento aquela poeira que há anos estava sedimentada sobre feridas abertas, que nunca cicatrizaram. E as mágoas, ácidas, purulentas, explodiram-se em meio ao caos.
Lágrimas brotaram, molharam a face, enrubesceram as frontes. Saudade. Do tempo em que tudo era paz e a alegria brincava pelos terreiros. Dos Natais. Dos lampiões. E do cheiro de macela que emanava dos travesseiros macios. Das frutas, das árvores e do burburinho do riacho que corria lento. Dos pijamas, da velha máquina de costura, das bonecas de milho. Da lenha, do café e da chave do armário de quitutes.
Tudo passa. Um ciclo se encerra, outros se iniciam.
Que venha a serenidade necessária para aceitar aquilo que não podemos modificar, a coragem para modificar o que for passível de mudanças e a sabedoria para distinguir as nuances de cada situação.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Cadê o Som Barato??

Fiquei triste hoje quando fui acessar o blog Som Barato... E vi que ele não existe mais! Inclusive tirei aqui dos meus blogs "linkados". Tudo bem, era um lugar onde se baixavam muitos álbuns gratuitamente (imagino que deva ser algum problema com direitos autorais, sei lá...), mas não era isso o legal do blog. Eram divulgados trabalhos alternativos, diferentes, muitas bandas regionais, acompanhados de comentários e críticas interessantes. Podia-se inclusive ver as capas dos álbuns. Foi uma pena. Principalmente por não ter podido parabenizar o criador do blog pela iniciativa.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Semana de muitas lições...

A todo momento, a vida traz uma lição nova. Basta parar um pouco em meio à correria do dia-a-dia e observar. E aprender com o que se passa ao redor. São detalhes, sutilezas, carregados de mensagens sublimes. Pois bem:

1. Pai e mãe são pessoas mais que especiais. São capazes de passar por desafios inimagináveis com uma força sem explicação. E quando a ameaça da ausência deles acontece é que percebemos com mais intensidade o quanto são de fato importantes.

2. Lidar com sentimentos é o grande desafio dos tempos atuais. O amor em especial. Em um mundo onde há informação, tecnologia e velocidade por toda parte, o ser humano tem dificuldade em amar, compreender e aceitar relações interpessoais e saber expor seus sentimentos.

3. Ninguém sobrevive sem amizades verdadeiras. Poucas, raras. Mas que sejam intensas, cúmplices e irrestritas. E amigos reais são para sempre. Não importa o que aconteça. Mas nem por isso subestime os colegas. Cada pessoa tem sua função social... Basta saber distinguir.

4. A maturidade e a serenidade só vêm depois de muitas tormentas. A cada queda, um levantar mais firme. O que parece impossível aceitar hoje, será apenas um detalhe amanhã. Nada como o bom e velho tempo para sedimentar os problemas e trazer soluções.

5. Saber escutar é uma virtude. Saber dizer as palavras certas no momento correto, requer prática e desenvoltura. Metáforas são interessantes e seu bom uso pode facilitar explicações complexas.

6. Paciência. Sempre. E mais paciência. E um pouco mais para não faltar.

7. A verdade pode doer. Mas deve ser dita. Com cautela, inteligência e serenidade. O melhor caminho para a solução de problemas é o diálogo verdadeiro. A verdade sai e a alma repousa leve.

8. A exposição excessiva dos problemas próprios a pessoas não tão próximas é perigosa. A felicidade de muitos é ver outros infelizes. E a inveja é perversa.

9. Escrever é terapêutico e é ainda uma excelente forma de auto-análise.

10. Viva o amor-próprio. Sempre.