Normalmente os sonhos vêm, mas não ficam. Passam e desaparecem... Mas nas últimas duas noites dois sonhos aconteceram claros, detalhados, perturbadores. No primeiro, um bebê em meus braços, Luiza. Parecia meu. E a total falta de entendimento de como aquele pequeno ser vivia não me permitia cuidar adequadamente. E num descuido em uma bacia amarela, afogou-se, quase dormindo. E acordo em pânico, a tempo de não saber se a paralisia serena era definitiva. Em outro dia, me vejo envolvida iniciando uma empresa, que em seu letreiro grande, de letras soltas e título pouco criativo, havia um erro ortográfico. Um vizinho do mesmo ramo, ao lado, tinha letreiro com nome quase igual, porém sem erro. E mais uma vez, a clareza do sonho avisava que o aluguel do local custava 200 mil. Mensais. Por um quadrado de 20 metros quadrados, murado, gramado, com um pequeno barracão construído. E era o meu negócio. Insano. No qual eu acreditava piamente.